A Volkswagen, a maior montadora de veículos da Europa, está considerando fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez. A medida, anunciada nesta segunda-feira, visa reduzir custos em meio à crescente pressão de concorrentes asiáticos. A decisão marca um desafio significativo para o presidente-executivo Oliver Blume, que precisará lidar com a resistência dos sindicatos, influentes na empresa.
O sindicato IG Metall já prometeu lutar contra o fechamento das fábricas, considerando a medida uma ameaça aos empregos e à estabilidade da Volkswagen. Entre as unidades que podem ser fechadas estão fábricas em Osnabrueck e Dresden, embora ainda não haja uma decisão final.
A Volkswagen, que emprega cerca de 680 mil pessoas, também anunciou o fim de um programa de segurança no emprego, que estava em vigor desde 1994. A empresa planeja economizar 10 bilhões de euros até 2026, principalmente para se preparar para a transição para os veículos elétricos, que exigem menos mão de obra e têm margens de lucro menores.
A decisão reflete os desafios enfrentados pela Volkswagen em manter sua competitividade global, especialmente na China, onde marcas locais estão ganhando espaço rapidamente. A empresa está em um momento crítico, com impactos que podem ser sentidos em toda a economia alemã.