As tradições de um enterro Judaico: respeito e ritualidade

Os rituais pós-morte no Judaísmo são caracterizados por um profundo zelo e respeito pelo falecido, seguindo tradições que remontam milênios. Quando um judeu falece, a primeira ação da família é comunicar o Chevra Kadisha, um grupo de voluntários encarregado de realizar todos os procedimentos funerários, conhecidos por sua santidade.

Preparação do Corpo
O processo de purificação, chamado Tahara, envolve um cuidadoso banho com água pura, enquanto preces são recitadas para pedir perdão pelos pecados do falecido. O corpo é então vestido com Tachrichim, roupas brancas que simbolizam pureza e neutralidade. Olhos e boca são cobertos com pedras para impedir questionamentos sobre a morte e assegurar que o falecido encontre paz antes do Juízo Final.

Sepultamento
O corpo deve ser enterrado o mais rápido possível, preferencialmente no mesmo dia da morte, para que a alma possa descansar. O sepultamento é realizado em um caixão simples, sem ornamentos, refletindo a igualdade de todos na morte. A cova é preenchida com terra, com os familiares participando ativamente do processo. Após um ano, é costume colocar pedras sobre o sepulcro para manter viva a memória do falecido.

Cremação Proibida
No Judaísmo, a cremação é estritamente proibida. A religião considera a cremação uma mutilação do corpo, algo que não é compatível com a crença na decomposição natural e no tempo necessário para que a alma se separe da carne.

Essas tradições destacam o profundo respeito pela dignidade e santidade do corpo e da alma, conforme ensinado pela Torá e pelas práticas judaicas.