Em junho, 918 cidades foram classificadas com seca severa e 106 com seca extrema, a mais alta na escala de gravidade. Ao considerar todas as classificações de seca, mais de 3.000 municípios enfrentaram o fenômeno no mês passado.
Estados como Amazonas, Acre, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, São Paulo e Tocantins estão entre os mais afetados, com todos os seus municípios sob alguma classificação de seca.
No Amazonas, a seca severa provoca a redução dos níveis dos rios, afetando aproximadamente 10 mil pessoas. Comunidades ribeirinhas estão isoladas, enfrentando escassez de alimentos e água potável.
A seca no Pantanal intensificou a temporada de incêndios, com mais de 760 mil hectares queimados desde janeiro, representando 5% do bioma. O rio Paraguai registra o nível mais baixo em quase 60 anos, superando até mesmo a seca histórica de 2020.
Em São Paulo, a capital registrou apenas 13% de umidade relativa do ar, tornando-se a capital mais seca do Brasil em 23 de julho. Apesar de os principais reservatórios ainda estarem em situação relativamente boa, o abastecimento de água já é um problema no interior do estado.
Os efeitos da seca são agravados pelo fenômeno El Niño, que bloqueia a chegada de chuvas ao Sudeste. Com a previsão de piora em julho, a situação deve ser monitorada de perto para mitigar os impactos em todo o território nacional.