18/09/2024 às 17h24min - Atualizada em 18/09/2024 às 17h24min

Relatório aponta crescimento na desigualdade salarial entre homens e mulheres

CN Maringá
AB
As mulheres ganham, em média, 20,7% menos que os homens em 50.692 empresas brasileiras com 100 ou mais empregados, conforme o 2º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, apresentado nesta quarta-feira (18), pelos Ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE). Os dados têm como base a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023.

O novo relatório mostra um aumento na disparidade salarial em relação ao primeiro documento, divulgado em março, que apontava uma diferença de 19,4%. O crescimento é atribuído à geração de novos empregos no último ano, com 369 mil ocupados por homens e 316 mil por mulheres.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que a igualdade salarial é uma prioridade do governo federal e que o tema também está em discussão internacionalmente, com destaque para o G20 e a ONU. Segundo ela, é essencial mudar a mentalidade sobre o papel das mulheres na sociedade e no mercado de trabalho, enfrentando a ideia de que seus salários seriam complementos aos dos homens.

O relatório também revela que, em empresas com 100 ou mais funcionários, os homens ganham em média R$ 4.495,39, enquanto as mulheres recebem R$ 3.565,48. A situação é ainda mais grave para mulheres negras, que ganham apenas 50,2% do salário dos homens não negros.
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