12/07/2024 às 08h18min - Atualizada em 12/07/2024 às 08h18min

Entenda o golpe do Pix errado e como evitar ser enganado

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Com o crescente uso do Pix para pagamentos e transferências, também aumentam os relatos de golpes que prejudicam os clientes dos bancos. Um dos mais comuns, que viralizou recentemente nas redes sociais, é o golpe do Pix errado. A seguir, explicamos como funciona essa artimanha criminosa e como se proteger.

Como Funciona o Golpe

Na última sexta-feira (5), o Pix bateu recorde de transações, com 224 milhões de transferências entre contas bancárias, segundo o Banco Central (BC). Com tantas transações, algumas realmente podem ser feitas por engano. É nesse contexto que os golpistas agem.

  1. Primeiro Passo: O fraudador faz uma transferência para a conta da potencial vítima. Como muitas chaves Pix são números de telefone celular, não é difícil para o golpista conseguir um número telefônico e realizar o Pix.

  2. Contato: Logo após a transferência, o golpista entra em contato com a vítima, seja por ligação ou mensagem de WhatsApp, tentando convencer a pessoa de que fez a transferência por engano e pedindo que o dinheiro seja devolvido.

  3. Técnicas de Persuasão: O criminoso usa técnicas de persuasão para convencer a vítima a devolver o dinheiro para uma conta diferente da que fez a transferência inicial.

Muitas pessoas, ao verificarem que realmente receberam o dinheiro em suas contas, acreditam na história do golpista e devolvem o valor para a conta indicada. Neste momento, elas caem no golpe.

O Mecanismo Especial de Devolução (Med)

O Med foi criado para facilitar a devolução de valores em casos de fraudes, permitindo que as vítimas recuperem seus recursos. No entanto, os criminosos também utilizam este mecanismo a seu favor.

  1. Alegação de Fraude: O golpista alega que foi enganado pela vítima e aciona o Med, alegando que a pessoa que recebeu o dinheiro é a verdadeira fraudadora.

  2. Análise das Transações: Os bancos envolvidos analisam a transação. Quando percebem que a vítima transferiu o dinheiro para uma terceira conta, entendem essa movimentação como típica de um golpe.

  3. Retirada Forçada: O dinheiro é retirado do saldo da pessoa enganada e devolvido ao golpista, que acaba recebendo o valor duas vezes: uma de forma voluntária e outra através do Med.

Como se Proteger

  1. Verifique a Origem do Pix: Se receber um Pix inesperado, verifique a origem da transação antes de tomar qualquer ação.

  2. Use a Ferramenta de Devolução: Ao invés de fazer uma nova transferência, utilize a opção "devolver" no aplicativo do seu banco. Este procedimento estorna o valor recebido para a conta que realmente originou o Pix, desconfigurando uma tentativa de fraude.

  3. Desconfie de Pedidos Urgentes: Golpistas usam a urgência para pressionar suas vítimas. Mantenha a calma e verifique todas as informações antes de tomar qualquer decisão.

Orientações do Banco Central

O Banco Central orienta que, em caso de engano ou erro do pagador, o valor deve ser devolvido utilizando a ferramenta "devolver" disponível nos aplicativos bancários. Este procedimento garante que o dinheiro retorne para a conta de origem, protegendo o cliente de possíveis fraudes.

Com essas informações, você estará mais preparado para identificar e evitar o golpe do Pix errado, mantendo suas finanças seguras.


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