Reprodução/Instagram/@chengruwangO peixe-remo (Regalecus glesne), uma espécie incomum e envolta em lendas, voltou a ser notícia recentemente. Este peixe, cujo corpo longo e achatado pode atingir até 11 metros de comprimento, é assim chamado devido à sua semelhança com um remo. Vivendo a profundidades de até 1.000 metros, ele raramente é visto na superfície do mar, mas quando isso acontece, provoca medo entre as populações locais devido à sua suposta capacidade de "prever terremotos".
No início deste mês, o jornal The Mirror relatou o aparecimento de um peixe-remo em uma praia no Vietnã, onde alguns moradores chegaram a consumir o animal em um banquete. Em março, turistas avistaram outro exemplar no México. Esses avistamentos são raros e frequentemente associados a desastres naturais, reacendendo a lenda do "peixe do fim do mundo".
A lenda que liga o peixe-remo a desastres naturais ganhou notoriedade após o terremoto e tsunami de Fukushima, em 2011. Naquela ocasião, diversos exemplares foram vistos pouco antes dos eventos catastróficos, levando muitos a acreditar que a aparição do peixe-remo antecede grandes catástrofes, como tsunamis e terremotos. Esta crença se popularizou no Japão e se espalhou pelo mundo, transformando o peixe-remo em um símbolo de mau presságio.
Apesar das lendas, cientistas afirmam que não há evidências concretas que comprovem a relação entre o aparecimento do peixe-remo e a ocorrência de desastres naturais. A presença do peixe-remo em águas superficiais pode ser atribuída a mudanças em seu ambiente natural, doenças, ou mesmo correntes marítimas que os levam a águas mais rasas.
No entanto, a lenda persiste e cada novo avistamento do peixe-remo continua a despertar temor e fascínio. O mistério em torno desse "peixe do fim do mundo" e sua raridade apenas aumentam a aura de misticismo que o cerca.
O recente reaparecimento do peixe-remo em praias do Vietnã e México destaca como as lendas podem influenciar a percepção pública sobre fenômenos naturais. Enquanto a ciência busca entender melhor o comportamento dessa espécie, a cultura popular continua a vê-lo como um prenúncio de desastres, mantendo viva a lenda do "peixe do fim do mundo".
