28/05/2024 às 07h26min - Atualizada em 28/05/2024 às 07h26min

Em Maringá, professores e alunos se mobilizam contra terceirização das escolas

APP Sindicato
APP SINDICATO PR
Na manhã desta terça-feira, 28, em Maringá, professores e alunos iniciaram uma mobilização em frente ao Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes. A ação acontece em frente a unidade na Avenida Tuiuti, Vila Morangueira. Os profissionais, que contam com apoio dos alunos, se unem contra a posição do governo estadual em privatilizar a gestão de 200 escolas no estado. 

A decisão de greve foi tomada pela categoria no último sábado, 25, durante Assembleia Estadual que reuniu mais de 4 mil esducadores e que definiu pela paralisação total das atividades.

Além do motivo da privatização, os professores também têm em pauta as questões financeiras não cumpridas pelo governo de Ratinho Junior (PSD), de acordo com a APP-Sindicato.

A proposta que o governo do Paraná vai enviar à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) é de privatizar a gestão de 200 escolas da rede pública estadual e instituir o programa Parceiro da Escola para repassar a empresas privadas, a partir de 2025, a gestão administrativa e financeira dos colégios estaduais com baixo IDEB e em áreas de vulnerabilidade social.

Para a APP-Sindicato, a proposta "representa a privatização e o fim da escola pública". Algumas das consequências, verificadas em duas escolas que já foram privatizadas, a Anibal Khury Neto de Curitiba e Anita Canet de São José dos Pinhais, são que professores PSS terão seus contratos rescindidos e perderão o emprego.

Manifestação
Os professores organizam, para o dia 4 de junho, um ato estadual em Curitiba. O protesto deve ser durante a sessão na Alep para pressionar os deputados a não aprovarem a ideia de terceirizar a educação estadual.

A greve deve ser mantida, com a exceção de o governo do Paraná retirar o projeto de pauta. O governo ainda não se manifestou sobre o assunto.

O que diz o Governo do Paraná?
Em nota, o Governo do Paraná informou que o programa Parceiro da Escola foi concebido para apoiar os diretores. "Ele tem o objetivo de permitir que eles se dediquem apenas às atividades pedagógicas para promover um aprendizado ainda maior dos estudantes da rede. O projeto de lei propõe um modelo democrático com consulta de pais, estudantes, professores e diretores".

Segundo a nota, "uma pesquisa realizada com pais e responsáveis de alunos matriculados nas duas escolas participantes do projeto-piloto mostra que mais de 90% dos pais e responsáveis aprovam o programa. Os benefícios vão do aumento da frequência escolar à inexistência de aulas vagas".

A Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) disse que está aberta ao diálogo para fortalecer o sistema educacional e se opõe ao radicalismo. "Também não compactua com a desinformação e com a postura partidária da APP-Sindicato".
 
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